Penso em te esperar... corro os olhos pelo telefone - horas, números, seu nome - sem força deito-o sobre a escrivaninha e leio mais um pouco. Turvas leituras de um mundo em caos. Procuro Levindo nos sonhos de outrora. Morto a bala. Morto! Francisca, ontem dele e hoje de Nando, ainda chora. Morto a bala!
Mas ainda assim, não foi o único.
Em pânico a população desce a rua, desce do ônibus... e os índios (ah meu saudoso Fontoura) ressurgiram dos rios e das matas de um sonho encantado... nas telas da TV em um corpo esquizofrênico. Fontoura não morreu a bala. Morreu da indiferença alheia!
E se os índios tivessem invadido o Rio com seus arcos e flechas? E se Diadorim soubesse dessas histórias todas?? Diadorim também é morta...
Parece que todos, que poderiam ter sido, estão agora mortos... A bala, a facada... indiferença. Mortos!
E mesmo se as horas parassem? E você não chega. Gonzaguinha, que também já morto, canta no som antigo, baixo paras as crianças não acordarem.
E nessa esquizofrenia toda, o Egito em fogo, o repórter na TV, a saudade de você. Morto?
Não, apenas uma história sem início, sem fim. Eu sobre a cama vazia de você remendo sonhos, devaneios e realidade...
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