Quando eu morrer, que me enterrem na beira do chapadão, contente com minha terra cansado de tanta guerra crescido de coração (Guimarães Rosa)
Meu choro de
estanho com chumbo
Desgraça via
calçada, calcada
cal e sangue...
Morena, samba
Cartola
Rosas
Jacob e seus bandolins...
Choram!
O morro não tem vez
Marias
Josés
João
Atadas mãos
Fogo...
Pés no chão
Meninos,
Bandidos!
Sonhos...
Quando derem vez ao morro
Tapioca
Feijoada
Cachaça
Tiros
Sol
Sombra
Po-lí-cia
Corre-corre
Criança se assombra
Criança morta na esquina
Toda cidade vai cantar
Matar
Velho, senhora
Aurora... perdida
Traficante.
Amores.
Dores
Amantes...
O morro não tem vez...
Não tem vez no morro...
Vez do morro...
Morro da vez...
Voz no morro...
Morro no morro...
Morte no morro...
(Uma pequena homenagem aos mortos inocentes do Rio de Janeiro e desse Brasil a fora, uma homenagem ao Higino Marcolino da Silva Neto, meu primo.)
Sem data
Maíra
Nenhum comentário:
Postar um comentário