sábado, 26 de fevereiro de 2011

Mais poema para Fontoura

Morto!
Escuro silêncio
                na última embriaguez.

Dorme!
      que o tempo, ingrato,
      não trará,
      nem a largo,
      a revolução.

Dorme!
      que índios
                veremos
      queimados nas ruas
      matados pelos dias.

Dorme!
      mistura teu sangue
      nas auroras
      dos tempos não-vindos.
Teu pó como pó desta terra.
      Esperança
          que não gera.

Dorme!
                Profundo...
Fundo sonho.
Sonho do não-vir

Maíra
29/01/2011

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