sábado, 29 de outubro de 2011
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Silêncio
Menino quando morre vira anjo
(Chico Buarque)
Desce as almofadas
todas
do sofá...
... e sorri
olhos espertos!
Riscos, risos
lápis, papel... parede!
Risos, riscos
Parede, chão, tinta, papel...
E canta
cantigas
deixadas.
Sorri!
... e quando o mundo silenciou
você silencia pra ele também!
(Pequenos versos para o pequeno Thiago)
26/10/2011
26/10/2011
quarta-feira, 31 de agosto de 2011
Versos para o amor
Tecem os dias
que nos conhecemos.
Olhares!
Palavras!
Encantos...
No canto da alma
da boca
percebo você.
quarta-feira, 10 de agosto de 2011
Uma verdade para Bertold Brecht
Ainda vivemos
Num tempo
Que falar de maçã é um crime...
...tempo de fome
desesperança
poucos comem...
Guerras!
...e o mundo (os senhores-do-mundo)
torna-se um grande shopping – uma feira entre feiras e feiras
Eu?
Não levantei bandeiras quando soaram os sinos
Não fui ao front com meus irmãos de caminho
Não coloquei armas em punho contra o carrasco...
Sonho doces manhãs
vendavais...
Turbilhões.
Revoluções
Praças...
No quarto com o cuidado do não-dormir
Sim, ainda vivemos
Num tempo
Que falar de maçã é um crime...
...e nós, que viemos depois deles,
não sabemos ainda amar...
...e nem nos damos
sobre a voz rouca
que nos contam...
Deitamos pelo chão do esquecimento
Nossos mortos, heróis idos de um tempo.
E compomos poemas
Sobre maçã.
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Preciso
É preciso mais que um verso
e o engasgar das palavras
aflitas,
ditas,
pelo fim da noite...
...e como rimas
Cozer as horas
das idas e vindas que nos resta.
É preciso uma primavera
e o voar das andorinhas.
Inteira
Entregue,
e que descanse sob o sol do meio-dia!
...e flores
caídas sobre calçadas
Recolher as palavras engasgadas...
Vazias!
Vazias!
quinta-feira, 28 de julho de 2011
Versos sobre monotonia
Desatino em cânticos,
Perco-me entre sofridas
Idéias
De um verso nunca terminado.
Alado coração
Distante do meu.
Desperta a ira
Deuses de convívios
Em apuros
Do outro lado da rua.
Frenética
Escrita, ainda que sobre a vizinha
Do andar de cima...
Sofre, sozinho, num beco escuro.
Desmundo oco
Sobra a cabeça do não-eu
Eu que não fui o que sou.
Guardo em rios o rio que não naveguei.
Desnudo o sentido
Do não sentir seus dentes
Cravados em carne dura...
Amante?
Lira descontente
Da música
Da musa
Das artimanhas dos amores vãos...
...em vão a saudade que corrói
Corrobora com a lentidão das avenidas.
Estúpidas monotonias
Dessa via
Que mesa não vira
E quase tudo aceita.
Escurece
E a vida. Vida que se perde
Nas lentidões dos carros sobre as avenidas.
E eu desatino meu canto
Desafino!
Destoante coração sobre a cidade.
Eco sozinho
Dos versos não escritos.
segunda-feira, 25 de julho de 2011
Sem nome
Finda-se o dia
quimera
estranha
musa
que ainda dorme...
Sonolento
sem razão
o amor
não veio!
Labirintos de
um peito.
Recolhe
cacos
caos
...pelos caminhos!
Fragmentos
De perdidos
Beijos
Idos
Pelo adeus de nossas horas.
Contra a ausência
último cigarro.
Esboço de um tempo
vadio!
...a felicidade
que não veio...
...e nem a revolução
cantou
seu último
enredo.
O samba ainda não inventado
Dorme musa dos passados.
Escorre!
Lembranças desses dia.
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Espera
Um eterno
contar
recontar
calcular... estimar...
e, como um ciclo,
volto ao inicio desse dia...
Espero?
com relógio
ampulheta
calendário
chinês
maia
lunar
asteca
cristão....
Sentada a porta do tempo!
Deito os dias que restam...
01/07/2011
segunda-feira, 27 de junho de 2011
Não morras
Como chorar
palavras
à toa
esquecidas nos cadernos?...
O que mata?
Fome
Cachaça
Cigarro
e esse eterno ‘Não!’
(Amiga não morras)
Ícones desse
coração-caverna – Maiakóvski
faço verso
com desgosto.
Amargo beijo que me traga a alma;
(Amiga não morras)
Escombros!
Desfilo sob o sol
do meio-dia
e espero
noites frias
para cantar todos os tormentos.
Anos de inércia
e o Mundo inteiro
me pesa nos ombros.
(Amiga não morras)
Não nasci poeta
e nem versos me vêm
em nascentes abundantes de rios.
Estranhas árvores que não me deixam dormir.
Sussurros
Suspiros
Cochichos
falados pela noite
O que tramam os senhores?
(Amiga não morras)
Ecos da turbulência...
...Insanidade!
Sento à mesa
Sozinha...
As cadeiras arrumadas
Finjo não-solidão
E conto histórias
Que não acontecem...
(Amiga não morras)
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