sexta-feira, 8 de abril de 2011

Versos no caderno de desenho...

Não há uma ordem e talvez nem poemas completos. Apenas anotações corridas.

Preciso escrever poemas
Rimas mal acabadas
Perdidas.
É preciso sofrer em vão.

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Tento nos traços, mal-traçados
lembrar das rimas passadas - maltratadas.


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Não lembro dos meus versos
    cantei a musa,
    o amor
   e a revolução.
Maiakóvsk
   um sonho distante.


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Das noites passadas
das escadas
       não subidas
       das dúvidas
dívidas assumidas...

Não sinto falta.

Insonia
Cigarro.

Uma volta
         contrário
Ruas
Becos
nunca mais passei.

Não sinto falta.


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 Não, não escrevi
sobre o quanto te amei...

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Sinto nos seus olhos
o que não é...
Leio nas palavras

     frases
     aflitas
     perdidas
o que nunca será.

Me perco!
caminhos lineares
que não falam de você.


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Não lembro do seu nome
   e seu rosto
imerso a tantas lembranças
é palavra solta,
perdida.

... as trincas do asfalto me angustiam!

E esse frio
nada me conta
e os ventos vão.

Termino essas noites mudas
olhos cansados.

.... trincas no asfalto angustiam.

Sonho como dores
são sonhos.


Maíra
sem data

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